Crítica - Um certo verão




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Livro: Um certo verão
Autor:  David Baldacci
Leitura: Surpreendente e envolvente
Diferencial: Cenários bem descritos que facilitam a imaginação da história
Música que ouvi durante a leitura: Consejo de amor – Tini e banda Morat

Classificação: 4 estrelinhas


Assim como a história se passa em um  certo verão eu definiria essa obra como “um certo livro” que me surpreendeu em muitos aspectos. O enredo é marcado por Jack que possui uma doença considerada incurável para a ciência e para a medicina e que sabe que o seu tempo de vida está aproximando-se do fim e que nessa travessia terá que deixar a esposa Lizzie e seus três filhos. Entretanto, acontecem determinados fatos que mudam o trâmite da história e interligam-se com o milagre da cura de sua doença. Apesar da felicidade de receber uma segunda chance, Jack é obrigado a lidar com uma grande perda e assume a responsabilidade de cuidar de sua família, mudando-se para a cidade que sua esposa nascera.

Janelas da alma, a porta do peito





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Se os olhos são a janela da alma, qual é a paisagem que verei ao esbarrar em você? Isso se deixar-me o olhar nos olhos, porque janelas fechadas deixam a visão embaçada e seria impossível a interpretação. Seus olhos são um jardim que transparecem a sua alma florida ou um campo regado pela luz do sol que faz o dia ser dia por simplesmente os ver? Ou são a escuridão da noite que levam a temer o andar nas ruas solitárias, porém escondem as esculturas mais bonitas que existem dentro de si? Existem olhares que são mar convidam-te para sentir o frescor da brisa, o calor da areia a sintonia das ondas e você se acostuma com o ambiente, se acostuma com o bagunçar dos cabelos, se acostuma a sensação da água salgada pelo seu corpo, porém, quando nem percebe é derrubado pelas ondas que foram ocultas pela beleza do lugar e afogam-te no piscar dos mesmos olhos. 

Texto de leitor(a) - Aquele em que meu egoísmo salvou o meu amor





O texto participante do projeto "Texto de leitor(a) dessa semana é dessa escritora lindíssima que escreve com o coração sobre a reflexão que faz sobre a vida, Gabriela Kahl Kunkel. 

           Esse ano foi um ano daqueles. Tanta coisa ruim acontecendo em tanto lugar me fez começar a pensar onde o amor se enfiou, porque uma vez estava presente no meu cotidiano, em cada pessoa que eu via tinha um resquício seu, e agora nada. Todos os dias quando saio de casa, olho para os dois lados da rua e nem é por medo de ser atropelada. É vontade de enxergar o amor em qualquer lugar. É vontade de abraçar até faltar ar. É vontade de largar aquele “oi, sumido”. As vezes sinto que ele está me observando de todos os lugares e de lugar nenhum, ou que está testando até onde minha esperança em encontra-lo vai. A carência se abriga no meu coração nos momentos mais inoportunos do dia, quando me sinto vulnerável e sozinha. Nesses momentos, procuro o amor e o suporte que ele costumava me dar. Aquele suporte que era um abraço do amor disfarçado de gente. Aquele sorriso gostoso e sincero que se estampava nos lábios do “representante” do amor. Aquele olhar que era o amor. Mas eu não os encontro mais, não nesse ano.
Quando eu percebi essa falta, passei a pensar que isso significava que eu estava crescendo e que era assim mesmo. Por tempos tentei engolir a ideia de que nunca mais ia sentir ele perto de mim, porque essa fase já tinha passado. Comecei a tentar entender a vida adulta que estava se mudando do meu futuro para o meu presente, mas eu não consegui. Sempre me chamaram de enjoada, talvez seja bom, porque eu não quis engolir essa ideia. E foi aí, no exato momento da minha decisão, que eu entendi que não sou eu que estou mudando, nem o amor. São as pessoas. Todas elas. 

Texto de leitora 2- Ansiedade e eu. Cabemos na mesma casa?




O texto de hoje que está participando do Projeto "Texto de leitor(a)" foi escrito por uma mulher que coloca a alma em suas palavras e sempre me auxiliou a enxergar o mundo com mais sensibilidade. Millene Raquel Manthey que possui um blog de escritos, também, com textos emocionantes e que inspiram.
Deixo o link do blog anexado ao post: http://th-myeyes.blogspot.com



         A ansiedade bateu em minha porta. Não abri, mas ela sorrateiramente pulou minha janela. Mãos para o alto, eu disse. Ela não obedeceu. Não é sua casa, não é seu lugar, mas faz questão de estar ali. Quieta no meu canto fiquei. Ela foi alimentado-se das coisas que haviam em mim. Primeiro, minha coragem. Foi-se toda em menos de minutos. Sentia que todo e qualquer mal me rondava. Estremeci. passaram-se horas e ali estava eu, brincando de estátua aos olhares de fora. Por dentro, o medo arrebatador me paralisara. Mal sabiam eles pelo que eu estava passando com a tal visita indesejada. Quanto mais ela se alimentava das coisas que ali estavam, mais ela crescia. A casa ficou pequena para nós duas. Expandiu-se tanto que fiquei eu encolhida num cantinho da sala, sem espaço para respirar. Ficando cada vez mais ofegante, senti que ia desmaiar. Ela ria, como se seu trabalho estivesse sendo muito bem executado. Em pânico, vi que a situação só pioraria.  Então respirei fundo e, antes que o ar se tornasse ainda mais rarefeito, fiz uma mesa redonda com ela.

Texto de leitora 1- Os mesmos olhos



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Esse texto foi escrito por uma pessoa muito especial que tive a honra de conhecer esse ano e que escreve lindamente, portanto, não deve ficar escondida entres linhas e folhas de caderno. Para quem quiser participar do projeto "Texto de leitor(a)" entre em contato comigo para participar do blog com seu escrito: 

“Havia um menino sentado no muro da escola, com fone de ouvido, derramando prantos sobre algumas folhas antigas, por algum motivo eu me aproximei do garoto e lhe perguntei o que houve de repente ele secou as lágrimas bruscamente, pegou aquelas folhas, disse que precisava ir e sem mais nem menos saiu. Achei aquilo muito estranho, aquele garoto me intrigava, ele esqueceu o celular, tal deve ter caído do seu bolso, eu peguei aquele aparelho e de alguma forma ele abriu no e-mail do garoto, eu comecei a ler seus e-mails, e me senti intrigada por um e-mail fixado sem destinatário, comecei a ler: “mamãe, eu sei que você jamais vai ler essa mensagem, mas eu precisava contar-lhe, eu estou lendo seu livro mais antigo, aquele que vc brigava tanto para que eu lesse, ele me faz lembrar vc, seu colar, tô carregando ele comigo, me sinto protegido de uma forma que só vc conseguia fazer eu me sentir, mamãe eu sinto sua falta, mas toda noite vejo seus olhos cor de mel nas estrelas, mamãe, eu ganhei o prêmio de melhor aluno, pois é minhas notas estão ótimas, ganhei também uma medalha de melhor jogador, eu estava usando seu tênis, riram de mim, mas a cada passo que eu dava ouvia vc dizendo: “vamos filho você consegue, n tenha medo de se machucar, vc é minha estrela” eu sorria com aquelas palavras. Mamãe você me deu uma segunda chance, você me salvou, eu amo você, agora, minha estrela”. Eu chorei enquanto lia, o garoto voltou e me disse: “desculpa esqueci meu celular”, eu levantei, devolvi o celular e o abracei dizendo: “ quero lhe ajudar a aproveitar sua segunda chance”, ele me abraçou de volta e disse: “você tem os olhos da minha mãe”...” 

- Tuani Rafaela Tabile, 15 anos.

Não estamos sozinhos, somos sozinhos

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Demorei para compreender que o amor deve ser livre. Livre de qualquer sentimento de pertencimento que possa existir. Porque, é exatamente isso. Ninguém pertence a alguém. Ninguém pode possuir controle sobre outrem. Somos completamente livres. Sempre há a possibilidade de partida. A cada momento pode ser o momento do adeus. Cada segundo pode ser o último segundo e você não possui controle nenhum sobre isso. As pessoas partem, sempre partem, elas podem partir. Algumas escolhem partir. Algumas pedem perdão por partir. Algumas partem sem o momento de despedida. Algumas partem sem dar aviso prévio. Algumas partem aos poucos. Algumas partem porque a vida as fez partir. É inevitável, é incontrolável, é algo que transcende seu ser. Consegue entender? Se não conseguir, está tudo bem, é uma construção. É uma longa e dificultosa construção acordar e perceber que, na realidade, todos partimos. É uma longa e dificultosa construção perceber que somos sozinhos. Acredito que problemas nas relações humanas, como insegurança, medo, ciúmes e até mesmo o amor próprio está fortemente vinculado ao não enxergarmos que somos sozinhos. Somos sozinhos. O fato de possuirmos muitos amigos. Termos uma família. Estar ao lado de um grande amor, só nós deixa mais solitários ainda. Eu sei, é difícil de compreender. Mas, quanto mais pessoas você ama, quanto mais pessoas você convive, você transmite uma parte do seu ser, maior é a chance de partida. Porque não temos controle nenhum sobre isso e sobre nada a não ser sobre nós mesmos. Eu não posso controlar os sentimentos de alguém, as atitudes de alguém e muito menos, a hora que esse alguém decide partir, pois, a vida controla isso para mim. É nesse ponto que quero chegar quando digo que todos somos livres.  Não podemos deixar que a insegurança de perder alguém pelo nosso jeito de ser nos transforme em uma prisão sentimental. Isto é, mostre o que há de melhor em você, mostre o que você realmente é. Muitos irão ir embora porque devem ir embora, porque querem ir embora e porque possuem a liberdade de ir embora. Agora, quem decidir ficar é porque quis realmente ficar, é porque viu algo em você que não encontra em qualquer outro alguém. Por isso desejo a todas as pessoas que eu amo que conheçam o máximo de pessoas que conseguirem que conheçam todos os lugares possíveis para conhecer, pois, são livres. 

Entre goles





Em meio a goles
Mórbidos
Garrafais
Engarrafei minha dor
E atirei ao mar
Dos seus olhos
E em meio a linhas
Entrelinhas
Rasbiquei
O que querias dizer
Ao olhar nos seus olhos
Afoguei-me com palavras
Engasgadas
Surradas entre o amor
E o medo

Ela se transformou





Ela se transformou no que tanto queria, mas no fundo, nem sabia tanto desse querer. Sem querer, ela se transformou no que tanto temia ou o que tanto fazia ele temer. Ela se transformou no que escrevia mesmo sabendo que aquilo era só mais uma ilusão que a poesia, às vezes, carrega consigo. Ela se transformou no que dos outros ouvia que seria bom, mas não acreditava que mudaria alguma coisa. Ela se transformou no que a fez abrir a porta de seu coração para alguém que a fez acreditar que tudo seria melhor e aos poucos, como o vento nas dunas de areia, foi carregando grão por grão, olhar por olhar até que de sua essência já era, apenas, uma lembrança. Porém, o mesmo jeito que a fez abrir a porta a fez fechar para se transformar. Ela se transformou em alguém que não tem medo de rir de uma folha que caiu no chão. Ela se transformou em alguém que ama suas fotografias do céu. Ela se transformou em alguém que não tem medo de atravessar a rua sozinha. Ela se transformou em alguém que não tem medo do espelho.  Ela se transformou no que queria ver no espelho. Ela se transformou naquela que não precisa de alguém que ria das piadas dela, pois, ela mesma ri. Ela se transformou em alguém que não precisa ouvir palavras belas antes de ir dormir para conseguir acordar sorrindo. Ela sorri por nada. Ela se transformou em alguém que assiste filme de romance comendo pipoca de domingo. Ela se transformou em alguém que escuta música clássica nos fones de ouvido. Ela se transformou na melhor amiga que ela queria ter. Ela se transformou na pessoa que escreve sobre o amor, mas o amor que nutre pela pessoa em quem se transformou.

O amor como esmalte de unha


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Viver um relacionamento é como pintar as unhas. Antes da criação artística em uma parte tão singela de nosso corpo é necessário escolher o esmalte. E, assim como existem diversos tipos de pessoas existem diversos tipos de esmaltes. O primeiro deles é aquele esmalte barato. Estava em promoção, você precisava de algo novo, algo fácil de conseguir. Então você cai na tentação de desacreditar na frase que “o barato custa caro” e compra. Acontece que, esmaltes baratos duram muito pouco. Assim que você termina de passa-los já estão com aparência desgastada. Duram dois ou três dias no máximo e saem inteiramente. O segundo tipo de esmalte é o mediano. Ele não é tão caro como outros, mas nem tão barato como o da promoção. Aparentemente parece que cumpriu bem com a função, mas os dias passam e pouco a pouco ele corre de suas mãos até que você começa a perceber que uma unha pintada pela metade não é algo bonito e retira o que sobrou com a acetona mandando tudo embora. Mas, também existem os esmaltes mais caros, ou melhor, mais raros. Além de possuírem cores magníficas em sua essência também representam durabilidade. Você pode nadar. Fazer os afazeres da casa. Passam semanas e ele continua inteiramente em sua mão. E, mesmo que um dia resolva tirá-lo para pintar de outra cor, tem a certeza que vai voltar a chama-lo de novo.

Crítica - A cidade do sol


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Livro: A cidade do sol
Autor:Khaled Hosseini 
Leitura: Fácil e envolvente
Diferencial: Palavras utilizadas na região e na cultura que a história mostra. 
Classificação: 5 estrelinhas 

         Inesquecível. A palavra que melhor resume todas as sensações, todas as emoções, as dores e pensamentos ao ler cada singela e intensa palavra dessa grande obra. É necessário ter a mente aberta e o coração disposto a sofrer por personagens que, mesmo vivendo entre as linhas, vivem na vida real. Não que o livro seja baseado em fatos reais, mas a história, a luta, a guerra, tudo, acontece diariamente no mundo que o livro aborda. O Afeganistão e o universo inteiro agradecem a esse autor tão corajoso, Khaled Hosseini, por abrir as portas de nossa mente para conhecer esses lugares, essas situações e horrores que o povo de lá passa. E tudo isso devido à construção de duas personagens, fortes, corajosas e verdadeiras guerreiras. Mulheres. Que entre os muros dos países orientais sofrem por existir. São culpadas por respirar. E é exatamente isso que o livro mostra. Apesar de cada humilhação, apesar de cada gota de sangue que encharcava suas vestes, apesar de cada agressão sofrida, dente perdido, submissão e apesar de poder ver o mundo apenas pelo buraquinho da burqa não desistiram em nenhum segundo de lutar.

O quanto vale o riso de uma criança?

                         




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Você sabe o quanto é incrivelmente mágico ouvir uma risada infantil, não sabe? O quanto tudo parece melhorar quando, por um segundo, você ouve aquele som que mais parece uma sinfonia de Beethoven levada ao vento. Acontece que, em um segundo, ela pode ser levada. Ao longe.
O tráfico de crianças é algo que assusta. É algo que mexe tão profundamente com cada parte do nosso corpo que é melhor até evitar falar sobre isso. Na verdade, acredito que esse seja o maior erro que a humanidade comete. Evitar falar sobre isso. Não que não seja emitido nacionalmente nas telas das nossas televisões o fato de que o número de crianças que são submetidas a essa crueldade cresce absurdamente. Não que não saibamos a quantidade de crianças que perdem, todos os dias, a chance de crescer, de brincar e até mesmo de viver. Não que não esteja retratado em nossos livros de história, histórias que demonstrem que desde os tempos antigos as crianças também eram torturadas. Isso tudo está explícito. Mas, falar sobre o tráfico de crianças torna-se perigoso. Perigoso para alma.

A arte de escrever demônios




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             Ás vezes penso que tudo o que escrevo não passa de uma ilusão. É como se no final da última linha, do último verso o sentimento moralista invade a criatividade e o escritor precisa fazer com que o leitor faça a coisa certa. Espante seus demônios, caro amigo, e a vida ficará bela. Mas, acho que não é bem assim que acontece. Na realidade, escrever para alguém é nada mais nada  nada menos que escrever para e sobre si mesmo. Trocamos a tela por um espelho. Um papel por um auto retrato. Afinal, fica muito mais fácil dizer que é apenas uma história criada para encantar leitores e emaranhar-se nas curvas da imaginação. Até porque, no momento que você fala sobre algo você também sente esse "algo" ou pensa nisso ou percebe isso ou, até mesmo, quer fugir disso. Digamos que seja como dar um conselho. Conselhos sempre são dados baseando-se no que o conselheiro acha e pensa ser o melhor, e muitas vezes, seu ambiente observatório seja a própria a vida. Os conselhos podem dar certo para quem escuta e não dar para aqueles que o falam, Então, o fato de alguém escrever sobre saudade pode significar que esse alguém sente saudades. Falar sobre amor é só mais um sintoma de indivíduos amantes que pensam que rosas nunca murcham. Poetizar sobre dor é trazer dor no fundo do peito. Escrever, sem mais delongas, é despertar seus próprios demônios. É mostra que eles existem, eles persistem, eles possuem uma certa beleza interior e no final são sufocados com o final moralista do texto.