O mar deve ser humano
O mar deve ser humano. Talvez, um parente distante que possui inúmeras semelhanças. Pode ser que então a teoria da evolução seja correta. Somos descendentes do mar. Tem dias que acordo tão calmo que é como se ondas de positividade navegaram por minha alma enquanto dormia. Tem dias que o mar está tão calmo, que as bandeiras de perigo estão entulhadas em um canto da areia e suspiramos ao pensar que as ondas adormeceram. Alguns momentos do meu dia, por causas cotidianas ou pensamentos negativos, sinto uma onda obscura de sentimentos invadirem meu peito e assim como as ondas de um mar agitado chego brutalmente á areia ou ao coração de outro alguém. Tem dias que sou silencioso e apenas sinto a brisa da vida levantar meus cabelos. Tem dias que a brisa do mar bagunça meus cabelos. Há anos que penso em remover as pedras que insistem em habitar o meu caminho."Ô, se há anos, que o oceano me ensina a lápida-las."
Crescer é ser girassol
Crescer é como ser um girassol. É normal durante o processo você se questionar: será que realmente estou tomando um novo rumo ou apenas rodando no mesmo lugar? Tudo bem que crescer para muitos não significa parar de brincar com bonecos de ação ou gostar de desenho animado, até porque, eles ficam muito bem como objeto decorativo do quarto. Crescer para alguns também não pode ser classificado como: arrumei uma namorada portanto cresci. Não. Até porque vocês adoram jogar a pipoca para o alto para ver quem a pegará com a boca. Crescer não é faculdade. Pode muito bem assistir "Procurando o Nemo" enquanto lê alguns artigos do código civil. Crescer não é abandonar os carrinhos para comprar um carro de verdade. Crescer não é ficar da altura de um jogador de basquete. Crescer não é discutir política em uma mesinha de bar ou ler o jornal todo domingo de manhã. Crescer não é sinônimo de morar sozinho. Crescer não tem data predestinada. Não tem marca no calendário. Não tem despertador da vida que te impõe a crescer.
Solidão proposital
Gostaria
de dizer que nunca estaremos sozinhos, digo, em nenhuma ocasião. Mas, às vezes,
o tédio nos faz acreditar que a solidão é o que preenche o citoplasma de nossas
células. Sentimo-nos cansados de olhar ao redor e ver tanta gente, mas ao mesmo
tempo não sentirmos um toque, um olhar ou uma simples conexão. É como se não estivéssemos
habitando um corpo e sim fôssemos partículas desse mistério invisível chamado
de ar. Acredito que isso tudo seja consequência do que chamo de “solidão
proposital”. Estar sozinho é o essencial
para a nossa mente. Tudo gira em torno de nossos pensamentos. Nossa fala será
escutada por apenas nós mesmos. Tudo seria eu, eu, eu. É como um encontro
romântico, o ambiente está preparado, as velas, as perguntas na mente, mas
todas serão respondidas por você mesmo. E é exatamente o que acontece em nosso
cotidiano presente nesse mundo globalizado. É uma competição de “eu(s)”. Conversar
com alguém se tornou raridade. Compreender e escutar alguém se tornou raridade.
A solidão proposital é permitida por você a cada segundo de uma conversa seja
face a face, virtualmente ou até mesmo por redes telefônicas. Ninguém mais
escuta ninguém.
Ano novo: o tão esperado presente
Cinco, quatro, três, dois, um. Explosão de fogos no ar. Barulho de taças brindando. Coração subindo aos céus. Por um segundo pensa acreditar que passou por um túnel que te levará até a receita da felicidade. Você fecha os olhos e sente a adrenalina do momento. Felicidade. O ingrediente tão esperado nesse ano que te encontra. Ele seria a chave de tudo. A realização de todos os teus desejos que invadem sua alma de esperança. Esperança de que o hoje será diferente. Que encontrará, talvez, o amor de sua vida e que te trará felicidade para a vida inteira. Que conseguirá um bom trabalho, e assim encontrar a felicidade em sua profissão. Passará no vestibular na universidade dos seus sonhos para buscar a felicidade.
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