
Livro: A cidade do sol
Autor:Khaled Hosseini
Leitura: Fácil e envolvente
Diferencial: Palavras utilizadas na região e na cultura que a história mostra.
Classificação: 5 estrelinhas
Inesquecível. A palavra que melhor resume todas as sensações, todas as emoções, as dores e pensamentos ao ler cada singela e intensa palavra dessa grande obra. É necessário ter a mente aberta e o coração disposto a sofrer por personagens que, mesmo vivendo entre as linhas, vivem na vida real. Não que o livro seja baseado em fatos reais, mas a história, a luta, a guerra, tudo, acontece diariamente no mundo que o livro aborda. O Afeganistão e o universo inteiro agradecem a esse autor tão corajoso, Khaled Hosseini, por abrir as portas de nossa mente para conhecer esses lugares, essas situações e horrores que o povo de lá passa. E tudo isso devido à construção de duas personagens, fortes, corajosas e verdadeiras guerreiras. Mulheres. Que entre os muros dos países orientais sofrem por existir. São culpadas por respirar. E é exatamente isso que o livro mostra. Apesar de cada humilhação, apesar de cada gota de sangue que encharcava suas vestes, apesar de cada agressão sofrida, dente perdido, submissão e apesar de poder ver o mundo apenas pelo buraquinho da burqa não desistiram em nenhum segundo de lutar.
Mariam. Laila. Idades diferentes. Sonhos diferentes. Infâncias diferentes. Caminhos entrelaçados. Foram personagens que marcaram o coração de cada leitor que enfrentou, aflito, a história de ambas. Mulheres que possuíam um sonho. Mulheres que apanhavam do marido. Mulheres que eram impedidas de viver. Mariam, teve uma infância reclusa, vivia com sua mãe na kolba, uma casinha de madeira e sempre recebia visita de seu pai Jalil. Após a morte da mãe, foi dada em casamento a um homem de 40 anos chamado Rashid. Ela tinha apenas 15 anos. Laila. Aparece na metade da história. É estudiosa. Acredita quando seu pai a diz que pode ser o que quiser no mundo. Apaixonada pelo seu amigo de infância Tariq. Após a morte de seus pais foi "acolhida" por Rashid, com quem se casou na tentativa de sobreviver à guerra. Ela tinha 14 anos. Ele, 60. E assim cruzam-se os destinos de mulheres que sentem a dor da cinta sob suas costas. Mulheres que lutavam a cada novo amanhecer. Que viam nas crianças a esperança de um Afeganistão melhor, uma vida melhor. E é preciso que todos saibam que elas existem e estão lá.
Acredito que seja um livro que marque para sempre uma vida. A Cidade do Sol demonstra sofrimento, dor, luta, mas principalmente esperança. Assim como Laila acreditava que ela, como mulher, poderia ser o que quisesse no mundo, a obra traz essa mensagem de que apesar de todos os horrores, das situações mais desumanas que o destino pode o submeter sempre haverá uma luz no fim do túnel. Um sol. Ilumina. Aquece. Dá boas-vindas a um novo dia.
E você? Já leu? Gostaria de ler? Ficou curioso com minha resenha? Deixe seu comentário para trocarmos indicações de livros e conversarmos sobre a beleza de amar os livros.
E você? Já leu? Gostaria de ler? Ficou curioso com minha resenha? Deixe seu comentário para trocarmos indicações de livros e conversarmos sobre a beleza de amar os livros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário