
Você é a fera ou é o guerreiro?
Nossa alma é nosso eterno coliseu. Nossa vida é o espetáculo principal. Os indivíduos
que nos cercam são meros espectadores do que se passa em nossa mente ou em
nosso coração. Se for guerreiro, luta. É um escravo do tempo e do trabalho. É o
escravo que nossa sociedade transformou. Vive para se defender. Defende-se para
viver. É o retrato de todos aqueles que tentam escapar de cada fera que os perseguem.
Cada dor que os faz querer gritar. Cada medo que o domina no campo de batalha
ou na própria vida cotidiana. É retrato dos que passam fome, mas não morrem
dela. Dos que sofrem injustiças, mas não matam por justiça. Dos que sentem frio
á noite, mas não odeiam a madrugada. É saber que nesse coliseu ou você aprende
a se defender ou você morre. É reverenciar a multidão mesmo que ela deseje que
você parta. Se for a fera, ataca. A fera percorre os que querem paz. Ela é a
porta de entrada para o coliseu. É a participante ativa da competição acirrada
que a sociedade impõe. Preocupa-se demais com os resultados. Os fins, para ela,
justificam os meios. Não sente medo de
ferir aquele que luta. Não sente pena daquele que está ferido ao seu lado.
Ataca. Apenas, ataca. É seu instinto atacar. Sentir a dor mesmo que não a veja.
Causar o corte mesmo que não cicatrize.