Donzela presa na torre.
Dragões brincando ao vento.
Balançando seus cabelos.
Seus longos,
Loiros, fios de sentimento.
Queria tocar o céu,
Assim como queria navegar ao mar.
Ismália enlouqueceu.
Donzela, seu corpo estremeceu.
Sentido desapareceu.
Inocência a permitia voar.
Da janela,
Inocente donzela,
Avistava o infinito.
Queria largar seu corpo,
Ao ar.
e sentir flutuar o
Complexo espírito.
Donzela presa na torre.
Dragões brincando ao vento.
Seu coração de porcelana,
Clamava ao esquecimento.
De si mesma,
Donzela era escrava.
Escrava escrevia
O que sentia.
Entre linhas
O que silenciava.
Havia uma grade
Que a sufocava.
Impedia de dizer o que realmente era.
Donzela, era escrava de dia.
Era si mesma
quando a lua chegava.
Donzela presa na torre
Dragões brincando ao vento
Tão presa era ao mundo
Tornou-se o próprio tormento.
Donzela solitária.
Sentou-se á janela.
Assim como Ismália,
Queria ser só ela.
Queria tocar o céu,
Queria chegar ao mar.
Seus pés tocaram o chão
Ouviu cada dragão sussurrar:
Donzela, atire-se.
Presa em si você está.
Os dragões são as dores do órgão
que foi definido pra amar.
Então ela tocou o céu.
Então ela chegou no mar.
Donzela saiu de sua torre
Dragões brincando ao vento
Ela era dona de si
Das grades
e dos sentimentos.
Muito boa, pude sentir os versos. Ameiiiii!
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