Duas xícaras de café e a noite se torna chuva. Sim, chove lá fora. As flores molham-se lentamente. Sim, chove aqui dentro. A alma quase se afoga. Duas xícaras de café e um bom livro. A história é monótona no começo, começa a se tonar interessante. Ou será que você está se tornando interessante? Duas xícaras de café, um bom livro, chove lá fora e sua música favorita preenche o ambiente. Você está sozinha e nunca se sentiu tão bem por encontrar-se nessa situação. É como se estivesse distante demais das vozes da sala. Conversar consigo mesmo se tornara algo acolhedor. Duas xícaras de café e você se sente embriagada. Conseguira por um misero segundo encontrar o sentido da vida, apesar de estar perdida em seus próprios pensamentos. O ambiente é o mais ideal para um encontro. Não a luzes de velas, ou pode até ser, caso prefira. A visita demora a chegar e você percebe que as horas passaram rápidas demais. Ela chegou e depois de duas xícaras de café, percebe o quanto sentiu saudade da silhueta que encontra-se em sua frente. Mas você continua sozinha.
Sim, você continua sozinha. Mesmo sozinha sente-se preenchida. Sente-se orgulhosa por ser quem és. Sente-se protegida pelas paredes e satisfeita por poder sobreviver a essa vida. Duas xícaras de café e a compreensão que tu és extremamente independente e que a dependência da sociedade te sufoca. A chuva lá fora lava os carros, as ruas lotadas de pessoas vazias que mantêm-se acordadas com xícaras de café. Duas xícaras de café e você sente-se livre, mesmo com tantos que te cercam é bom saber que pode confiar em si mesma. Sua alma torna-se seu lar. Seus olhos tornam-se seu próprio porto. Seu corpo e sua alma dançam e molham-se com a chuva. Deixe chover. Permita ser feliz solitária também, Duas xícaras de café e perceberá que a vida é curta demais para não nos amarmos.
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